Vida de Modelo no Japão

    "Dicas de profissionais da área e também das meninas que já despontaram na carreira".
    Para quem achava que o reinado das modelos brasileiras nas passarelas, nos editoriais de moda e campanhas publicitárias internacionais seria passageiro, está enganado. O sucesso das brasileiras no mundo da moda internacional prova o contrário e firmam a reputação do país como um exportador de gente bonita.
    No mundo da moda japonesa, não é diferente. Aqui também, as modelos brasileiras fazem sucesso e estão em evidência, principalmente as mestiças. Elas representam a mistura que é o Brasil, terra da miscigenação de povos de todas as partes do mundo. "O olhar delas é forte. Além disso, elas têm o poder da expressão e com isso conseguem se destacar com mais facilidade do que as garotas japonesas", justifica o fotógrafo de moda japonês, Toshiharu Fujita.
    Por outro lado, Dápena Tigre, diretora da Elite Models de Nagoia (Aichi), afirma que somente o fato da modelo ser mestiça não é determinante para a contratação e sucesso na carreira. "A menina será escolhida porque é boa no que faz, e não por ser mestiça. O que acontece é que algumas mestiças fazem o trabalho maravilhoso, e isto faz com que a imagem destas profissionais sejam valorizadas, mas é pelo fato de estarem fazendo um trabalho bem feito", acrescenta.
    Mais do que beleza e medidas dentro dos padrões exigidos, a diretora da Elite explica que a candidata precisa ter também autoestima, carisma, fotogenia e espontaneidade, profissionalismo, paciência, cultura e um estilo de vida com regras. "Muitas não aceitam que não foram escolhidas para determinado trabalho, normalmente elas procuram um defeito para si mesmas, para criar uma desculpa, e geralmente o peso é a palavra chave para elas". Dápena não aceita no casting da agência garotas que ela desconfia que façam dietas rigorosas. "Ninguém é feliz passando fome, não vale a pena ser modelo e não ser feliz. Prefiro meninas acima do peso que levam um ano para emagrecer com saúde do que aquelas que emagrecem em um mês e ficam com caras de doente", diz.
    Segundo a diretora, depois da crise econômica que afetou o Japão, o mercado para os modelos está cada vez mais competitivo. Pois além de contratarem menos modelos, as exigências aumentaram, com uma melhor seleção dos profissionais. "Vejo isso como um ponto positivo, vai ficar no mercado quem realmente é profissional".
    Outro obstáculo a ser superado pelas modelos brasileiras que trabalham no Japão é em relação à comunicação e ao idioma japonês. Pensando nisso, recentemente, Dápena criou também a Emodels Japan, um novo departamento da New Faces. O objetivo segundo ela, é levar para o mercado profissionais já preparados. Eles passam por uma fase de treinamento e orientação profissional, e realizam pequenos trabalhos para adaptarem-se ao mercado japonês e dominar também o idioma. Hoje, seu casting é formado não somente por modelos brasileiros, mas também profissionais japoneses, russos e chineses, além de crianças, adolescentes e adultos, femininos e masculinos.

    Dápena Tigre, diretora da Elite Models de Nagoia (Aichi)
- Mantenha a beleza natural: "Cabelos tingidos, tatuagem, piercing, estão fora de questão. Leia muito, esteja "Antenada" com o mundo, carregue informação."
- Ter paciência: "Tem gente que coloca a carta no correio e liga 10 minutos depois para saber se foi convocada, é um cúmulo. Ou aquelas que mandam um e-mail e ligam em seguida para saber o que achamos".
- Envie fotos sem produção, sem poses e o mais natural possível. Coloque os dados corretamente, como endereço, medidas e um telefone para contato. Também mencione quais os idiomas domina. "Uma equipe ocupada não perde tempo tentando descobrir qual é a medida, se ela fala ou não o idioma, se mora ou não perto da agência. Essas pessoas são descartadas".
- Algumas agências demoram um pouco para avaliar e convocar. Ficar ligando só gera antipatia.
- Cuidado com a precipitação: "Muitas garotas ou famílias aceitam a primeira proposta fornecida por uma agência sem fazer uma pesquisa de mercado. Tem muitas pessoas boas, mas que estão presas a um contrato que não foi avaliado com atenção antes de assinar. Todo cuidado é pouco".

    Aqui vai duas brasileiras que despontaram aqui no Japão.

   
Candice Priscila Robinson ou Candy como é conhecida no meio.

21 anos

1,70 metros

50 quilos

Três anos no Japão e como modelo da Elite Nagoya

Principais trabalhos: Ensaios fotográficos para as revistas Marie Claire, Queen, With, Cosmopolitan, Jessica, Vivi. Campanhas da Lancôme, Wacoal, Shiseido,  Menard, Cherry Peach Blossom, Kobe Collection, Canon.

Ser modelo é: "A cada sorriso fotografado e a cada passo dado na passarela, construir uma história, uma imagem, dar vida aquilo que usa. Pessoas se espelham nisso e nada como passar a elas uma boa impressão, uma boa imagem."

História: Em busca do sonho de trabalhar como modelo, há três anos, Candice, 21, deixou o Brasil, a família e os amigos e embarcou sozinha rumo ao Japão. "Tentei algumas vezes entrar numa agência no Brasil, mas como não tenho altura suficiente,não consegui", lembra a mestiça, filha de descendentes de japoneses e alemães. "Não sabia se ia dar certo ou não, mas resolvi arriscar", acrescenta.

    A gaúcha de Três Corações acertou na escolha. Dois dias após a sua chegada no arquipélago, a jovem foi chamada para uma entrevista e logo entrou para o casting da agência onde trabalha até hoje, a Elite Models de Nagoia. Os trabalhos começaram a surgir já logo na primeira semana de Japão e não parou mais. Conhecida no mundo da moda como Candy, a modelo passou por inúmeras dificuldades no ínicio da carreira, principalmente em relação ao idioma japonês e a falta de experiência na área. "Hoje encontro com as pessoas que trabalharam comigo e quando elas dizem o quanto evoluí, fico feliz".A brasileira revela que um dos segredos da profissão é ser bastante comunicativa, garante a modelo que acumula no currículo uma experiência de três meses em Hong Kong. Por enquanto a jovem dedica-se para conquistar, cada vez mais, espaço no mercado japonês. "Adoro o que faço, cada trabalho é uma experiência nova, pessoas e lugares diferentes para conhecer", conta.

Juliana Minato de Souza

21 anos

1,64 metros

.. quilos "risos" (não quis revelar o peso)

Modelo da agência Elite, de Tóquio.

Há 17 anos no Japão e oito como modelo.

Principais modelos: Campanha da Lavushuca para Kanebo, comercial do chá Lipton Limone com o canto Ken Hirai, desfiles no Tokyo Girls Collection, Girls Award, Kobe Collection, Omotesando Collection, Lumine: trabalhos fotográficos em Nova Iorque; trabalhos com canto da banda japonesa Smap, Takuya Kimura, para a revista Anan; repórter da Fuji TV; livro com o maquiador japonês Msaru Hamada. Outros trabalhos para a Nike, Uniqlo, Elle, Glamorous, Sony, Morinaga, entre outros.

Ser modelo é: "Ser atriz, ser humilde e gostar de moda".

História: "Veterana" entre as brasileiras. Com oito anos de carreira no Japão, Juliana, 21, é considera, hoje, uma das modelos brasileiras mais populares e requisitadas no país. Seu currículo é recheado por inúmeras campanhas de conhecidas marcas japonesas e participações nos principais eventos de moda no Japão, além de aparições e entrevistas em canais da televisão japonesa. A brasileira também estrelou um livro junto com o maquiador japonês Masaru Hamada e, no ano passado, uma nova conquista na sua carreira. A mestiça realizou uma série de trabalhos fotográficos em Nova Iorque, nos Estados Unidos. No arquipélago há 17 anos, Juliana despontou cedo na profissão. Aos 13 anos começou a realizar os primeiros trabalhos, e assim como toda modelo em ínicio de carreira enfrentou inúmeras dificuldades. Saudades da família, ter que conciliar os estudos com o trabalho e ter que sempre estudar sozinha, foram alguns dos obstáculos superados por ela. Outra dificuldade foi em relação ao idioma japonês. "Foi um processo muito válido, se não tivesse determinação, acho que não teria conseguido. É sempre bom estudar novas coisas", destaca a jovem, que vive hoje com a família em Fujisawa (Kanagawa)

Fonte: Revista "Alternativa"

    O post ficou grande como sempre. Não sei se vocês gostam de ler ou fica muito chato. Gostaria de opiniões, o texto na verdade é bem maior, eu dei uma bela reduzida nele. Vocês acham que eu deveria postar coisas mais curtas ou é sempre interessante que quando percebe já acabou? E vocês, já tentaram entrar em alguma agência de  modelo? Eu até gostaria mas a altura não ajuda (1,57m) .. rsrs ..

    Eu ganhei 2 selinhos, vou fazer uma parte só para esses selinhos, quero agradecer aos dois blogs que me presentearam: Cantinho da Priscila e Vestidas para Matar. Arigato gozaimasu (Muito obrigada)

    E aqui mais parcerias:

- http://cibelerezende.blogspot.com
- http://leslisperles.blogspot.com
- http://base-girl.blogspot.com/      
- http://joaninhaclub.blogspot.com/   
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- http://makepermanente.blogspot.com/

Beijãooo =)